15 de junho de 2012

[Resenha] A linguagem das flores, de Vanessa Diffenbaugh


Resenha por Nina

Quando recebi o livro “A linguagem das flores”, como cortesia da Editora Arqueiro, foi encanto a primeira vista. A delicadeza e sutileza com as quais a menina segurava em suas mãos uma flor na capa fizeram com que eu me apaixonasse, sem ao menos ter aberto o livro. Ao ler a frase: “qualquer pessoa pode se transformar em algo belo”, que compõe a capa da obra, foi como se eu tivesse recebido um balde de água fria sobre meu corpo quente. Foi um: sim, todos podem ser pessoas melhores, acredite! Pensei: o que será que Vanessa Diffenbaugh fará em minha vida? Foi com essa pergunta e um misto de sensações que iniciei a leitura.
A princípio, o aspecto que mais me chamou a atenção foi a oscilação durante a narração. Tendo em vista que ora a personagem conta histórias de sua infância, ora faz narrações já na sua fase adulta. Achei incrível essa construção feita por Diffenbaugh. Para mim foi algo novo em um livro, pois em um capítulo vejo a descrição da infância e no seguinte leio histórias da personagem já emancipada. Uma ideia realmente fantástica!
Conheci então a narradora. Uma garota chamada Victoria. “Rebelde e emburrada”, como a própria se definiu. Ela tinha personalidade forte e durante a sua infância passou por inúmeros abrigos e casas, até ser considerada “inapta para adoção”. Gostava de ficar sozinha acompanhada apenas pelas suas melhores amigas: as flores. A sua relação com as flores era de muito amor, talvez porque elas fossem as únicas coisas na vida que a passavam segurança.
Victoria reviveu alguns momentos e questionamentos pertinentes a construção de sua personalidade. E a medida que as noites passavam a sua angustia começou a reinar. No meio desse conflito interno, ela encontrava nas flores uma espécie de consolo. Victoria relata inúmeras histórias de dor e decepção nas adoções, dentre elas, a tortura que sofreu de uma mulher que a adotou e a negava alimentos. Ela conta também, que foi adotada por Elizabeth, uma cultivadora de flores. Esta por sua vez, recebeu-a com um buquê de morrião-dos-passarinhos. “Elas significam seja bem-vindo. Ao lhe oferecer um buquê delas, estou lhe dando as boas-vindas à minha casa, à minha vida”, disse ela à Victoria.
Elizabeth ensinou-a muito sobre a linguagem das flores, sobre que elas representam e podem fazer na vida de uma pessoa. Elas viveram uma relação muito bonita, mas Victoria não queria ficar em sua casa e a desafiava o tempo todo. O seu intuito era fazer a sua mãe adotiva perder a paciência e, então, se tornar inapta para adoção e parar de pular de casa em casa, já que havia passado por aproximadamente 32 e para a garota Victoria todas haviam sido tentativas frustradas. Porém, a casa de Elizabeth era diferente, era silenciosa e muitos aprendizados foram adquiridos nessa relação de mãe e filha. Mas o seu objetivo de ser emancipada foi alcançado e Victoria iniciou uma nova vida, a seu modo. Com o passar do tempo Victoria arrependeu-se por ter sido tão dura com Elizabeth e não ter vivido uma vida linda ao seu lado, mas a sua vivência transformou-a em uma pessoa mais bela. Seria esse o verdadeiro ensinamento das flores?
Durante a minha leitura eu pensava: esse livro daria um belo filme. Pelo contexto, pela história, e pelas imagens que aos poucos eu ia criando em minha mente. Acredito que essa sensação foi possível pela perfeição da construção feita brilhantemente pela autora. Quem sabe futuramente não veremos um filme, não é? O texto é leve e durante todo o livro é possível reconhecer e compreender, de uma forma muito doce, o título que Diffenbaugh deu a obra.
Bom, a história não termina por aí, mas não falarei dos pormenores. Essa pequena resenha é para dar-lhe água na boca. Não contarei maiores detalhes para que você mesmo leia o livro, descubra os mistérios dessa garota que é apaixonada por flores e tire as suas próprias conclusões.
Viaje nessa leitura!

9 comentários:

  1. O SILÊNCIO LIGA-ME AO MUNDO
    Vem ouvir mil palavras do meu silêncio


    Mágico beijo

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  2. Desde que a editora Arqueiro publicou esse livro fiquei interessada e achei a capa do livro simples, mas bonita. São tantos livros bons para ler que fica difícil saber qual começar.rs

    http://allmylifeinbooks.blogspot.com.br/

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    1. Concordo com você, Natália. A minha lista de livros a comprar é gigantesca e, sinceramente, não tenho tido nem tempo para ler os que tenho. Uma pena!
      Quando ao livro "A linguagem das Flores" acho que vale a pena comprar e ler. Depois me conte o que achou.

      Obrigada pela visita. Beijos

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  3. Oiee ^^
    Esse livro realmente daria um belo filme. Amei a história, não a personagem, mas todo o resto ♥ quando terminei a leitura, fiquei até com vontade de trabalhar numa floricultura *-*
    MilkMilks
    http://shakedepalavras.blogspot.com.br

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    1. Não é?
      Jura, Dryh? Eu adorei a personagem.
      Também fiquei com vontade...rs.

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  4. Adorei a resenha, , pretendo ler esse livro em breve!
    Parabéns.
    Mayara.

    http://magisbook.blogspot.com.br/

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  5. A sua resenha não podia ser diferente das demais que eu li, é linda assim como o livro.
    Ainda não tive a oportunidade de lê-lo, e olha que já saiu a segunda edição hehe
    Mas espero poder comprar o livro esse ano e assim que der ler ele.
    Adorei...
    Beijos
    neversaynever-believe.blogspot.com.br

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