29 de janeiro de 2009

Aqui estou



Reprimia a repressão.
Olhava pela fechadura e me imaginava do outro lado.
Liberdade? Igualdade?
Apenas a busca. Fuga!

Correr.
Gritar, protestar... Ou, apenas ficar.
Minha vida eu daria.

Liberta-me,
Busca-me.
Aqui estou!

Não lhe vi.
Saí e caí naquele abismo.

Escrevi o que eu queria apagar,
apaguei o que eu queria ter registrado e
perdi o que escrevi.

Oras, o que deseja?
Você se perde no túnel do medo.
Pelo menos se faça presente.

{Ouvindo: O Teatro Mágico – Xanéu nº.5}

21 de janeiro de 2009

Algo mais?



Você ainda precisa me dizer algo?
Estou indo embora e preciso fechar a porta.
Porta que sempre esteve aberta,
mesmo nas viagens mais longas, lembra?

Eu partia e...
Lá estava ela. [aberta]
Não dessa vez.

Lembra quando eu disse que abriria apenas para o novo?
Pois é, ele chegou...
E sorriu pra mim dizendo:
“Essa rosa é pra você, essa é a sua vez”.

Algo mais? Eu realmente preciso ir.
Você não sabe o quanto era doloroso...
A estrada era longa demais e esse dia parecia nunca chegar.

Não deixarei escapar. Não!
Preciso ir.
As chaves? Oras, fiz questão de perdê-las.
Adeus.

{Ouvindo: Jamie Cullum – High and dry}

15 de janeiro de 2009

As vezes



Certa vez, me perguntaste:
“Gosta de mim?”
Respondi:
“Oras, que pergunta. Gosto de gente!”

Queria que tu fosses diferente do resto do mundo.
Queria que não se preocupasse em perguntar.
Queria que pudesse apenas sentir...
Queria ter a certeza de que ficar perto bastasse.

As vezes me confundo.
Gosto e desgosto.
Pergunto e não consigo responder.

Mas é só as vezes!

Todas as outras sou uma menina forte...
Que não se confunde, que não gosta, pergunta e,
responde sem medo.

Deixa assim ficar, segredo meu e seu.

{Ouvindo: Marcelo Camelo & Mallu Magalhães – Janta}
-Photo by me.

11 de janeiro de 2009

Solidão



E assim é.
Só!
É estranho e dói.

Tarde de domingo no quarto.
Os assobios e aquele velho filme,
que insiste em rodar.

Meu mundo,
minha escolha.
Doce e amarga.

{Escutando: Marcelo Camelo – Doce solidão}

4 de janeiro de 2009

Tempo



É preciso tempo,
tempo que é preciso.

Tempo pra pensar.
Tempo pra aceitar.

Respirar fundo é preciso.
Sentir tocar no rosto o vento que sopra,
pra perceber então, que só não estou.

Aprendo e carrego comigo a esperança
de não precisar respirar pra sentir.

{Ouvindo o vento soprar e a chuva cair lá fora}
-Happy new year guys!