27 de outubro de 2013

Versos para uma estranha

Um olhar fixo em direção ao nada. Os seus olhos estavam cobertos por lentes. Eu sei, eu não enxergava os seus olhos, mas eles eram sinceros. Não me pergunte o porquê, mas eu sei que eram.

                                                                                                                   Por Nina

24 de outubro de 2013

Certa vez ouvi uma psicóloga dizendo que uma carreira de sucesso era sinônimo de prazer e felicidade naquilo que se faz. Ela disse que deveríamos pensar no que verdadeiramente sentíamos tesão em fazer e o que fazíamos com amor.
Comecei a pensar sobre a minha vida e cheguei a conclusão de que quero viver das palavras.
                                                                                                                             Por Nina

16 de outubro de 2013

[ENCERRADO] Sorteio Livro infantil: PARA ONDE VAI A VIDA?


Quer ganhar um exemplar do livro infantil "Para onde vai a vida?"? Para participar você deve residir em território nacional e seguir os três passos abaixo: 

1. Siga publicamente o nosso blog http://ninaesuasletras.blogspot.com.br/ (basta clicar em “Participar deste site” no canto direito dessa página);
2. Curta a nossa FanPage (https://www.facebook.com/NinaeSuasLetras) e a FanPage da Lamparina Editora (https://www.facebook.com/EditoraLamparina);
3. Acesse o link  https://www.sorteiefb.com.br/tab/promocao/268289 e clique em “Quero participar” para confirmar a sua participação.

O sorteio ocorrerá dia 24/10/2013 (quinta-feira), às 15h, pela ferramenta "sorteie-me".

*Por favor, deixe o seu nome de seguidor e seu e-mail de contato nos comentários desta página. 
*O ganhador terá 3 (três) dias para enviar o endereço completo, caso o mesmo não se manifeste no período mencionado, realizaremos um novo sorteio.
*O livro será postado nos correios em um período de 10 dias após o recebimento do endereço do ganhador.
Boa sorte!

Abraços,
Nina

[Resenha] Para onde vai a vida?


INFORMAÇÕES:
Título: Para onde vai a vida?
Autor: Luiz Bras
Ilustrações: Thais Linhares
Editora: Lamparina
Ano: 2004
Número de páginas: 32
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Resenha por Nina

“Para onde vai a vida” é um livro infantil, narrado em primeira pessoa, pelo ponto de vista de um personagem adulto. A obra de Luis Bras conta a história do pequeno Joca, um garotinho de dez anos, mentiroso e “boca suja” que está em busca de respostas para a pergunta “Para onde vai a vida?”. A narrativa tem início com o encontro do personagem adulto com Joca.  A aproximação acontece de forma inusitada, visto que o narrador estava no ponto de ônibus para ir trabalhar e é surpreendido pelo garotinho pedindo ajuda, pois estava preso em um porão. Já de início, o menino cria uma série de histórias fantasiosas a respeito do motivo pelo qual ele teria ficado preso. Justificativas como “eu estava fugindo da cadeia” e “eu fui sequestrado por seis palhaços mutantes” foram usadas pelo rapazinho. Esse encontro trás consequências, ambos os personagens começam a conversar e o narrador percebe que Joca não é simplesmente um garoto mentiroso. A partir disso, o narrador fica curioso para saber a resposta que Joca encontrou para a pergunta sobre o rumo da vida.
Seria impossível concluir essa resenha sem antes fazer um comentário sobre a construção dos personagens. O trabalho do autor Bras é brilhante, visto que o personagem adulto representa fielmente a seriedade de uma pessoa madura e vivida, contrastando perfeitamente com Joca, o garotinho imaginativo e mentiroso. Ou seja, é um livro que, apesar de ser encaixado na temática “infantil”, pode, e deve, ser lido por pessoas de todas as idades, devido a fácil identificação dos públicos de todas as idades.
A ilustração de Thais Linhares conversa perfeitamente com o texto, dando cor e leveza ao texto de Bras. Outro fator curioso é que mesmo Joca sendo um garoto mentiroso e “boca suja” criei, no decorrer da narrativa, uma empatia muito grande, por reconhecer a sabedoria em torno de suas falas. Segue abaixo uma fala de Joca a respeito da procura pela resposta da pergunta inicial:

                            (...) Pra onde vão e de onde vêm. Essas pessoas que estão passando na nossa frente, por exemplo. De onde estão vindo? Pra onde estão indo? Por que estão sempre tão apressadas? Depois de seguir as formigas, comecei a seguir as pessoas (...).

A leitura é gostosa, rápida (li em uma sentada) e me fez refletir sobre alguns valores e pensar sobre essa velocidade gigantesca que é o passar da vida. E, além de pensar sobre toda essa rapidez, repensar sobre o que eu estou fazendo para aproveitar tudo isso.

15 de outubro de 2013

[Resenha] Menos [E] elevado a [I] [PI]

INFORMAÇÕES:
Título: Menos [E] elevado a [I] [PI] Poemas-Quase:Concretos
Autor: Matheus Willian Migotto
Editora: Íthala
Ano: 2013
Número de páginas: 60
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Resenha por Nina

Há muito que esperar de um livro que inicia com a epígrafe:

“E no perpétuo ideal que te devora
Residem juntamente no teu peito
Um demônio que ruge e um deus que chora”.
(Olavo Bilac)

 O livro de Migotto, engenheiro elétrico altamente sensível às letras, é composto por poemas que são verdadeiras obras de arte. Nele, o poeta mistura os números e as palavras de forma singular, quebrando então, possíveis barreiras entre as ciências humanas e exatas. 
Em sua obra, predominam as cores: preto, branco e vermelho, contrastando suavidade e, ao mesmo tempo, dando personalidade aos poemas. Há também o jogo de palavras construído através da rima, proporcionando movimento e leveza ao texto. O artista da palavra faz construções expressivas e inusitadas através de imagens/textos tornando o escrito mais criativo e original. Como recurso estilístico foram exploradas algumas figuras de linguagens, como por exemplo, a figura de pensamento antítese, ou seja, os "desvios" dos padrões têm por objetivo um texto inovador que exija uma leitura diferente do leitor. Em algumas situações o apreciador da obra terá que virar o livro de ponta a cabeça, explorando as diversas modalidades de leitura.
(página 23)
 Importante ressaltar também, o caráter crítico de Migotto no que diz respeito ao consumismo, a mídia e aos próprios questionamentos a respeito da existência humana.

(página 22)
 Enfim, o jogo de palavras construído entre as duas vertentes e suas verossimilhanças criam no leitor, amante da poesia, uma fonte inesgotável de interpretações e perspectivas. Eu diria que Menos [E] elevado a [I] [PI] é um livro para degustar, apreciar, silenciar, com calma e com a alma. Um verdadeiro prato cheio aos apreciadores de poesia que todo o ser pensante é deveria ser.

14 de outubro de 2013

[Resenha] O Visconde Que Me Amava - Os Bridgertons 2


INFORMAÇÕES:
Título: O Visconde Que Me Amava - Os Bridgertons 2
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Ano: 2013
Número de páginas: 304
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Resenha por Nina
O Visconde que me amava, sem sombra de dúvidas, é um livro indicado aos amantes de romances de época, visto que a história se passa no século XIX e tem como cenário as temporadas de bailes em Londres. Este livro é o segundo da série Os Bridgertons, mas se você não leu o primeiro, caro leitor, não se preocupe – eu também não li – as histórias são independentes, logo não há como pré-requisito ler o livro anterior.
O romance de Julia Quinn retrata a história de jovens nobres que viviam em torno da própria ânsia e de suas famílias, é claro, em casar. Importante frisar que a vida dos nobres ingleses se resumia a três coisas: casar, procriar e morrer. O Visconde mencionado no título da obra é Anthony Bridgerton, filho de Edmund e Violet. Foi uma criança desejada, filho mais velho e grande amigo do pai. Anthony, que perdeu o pai muito cedo, é um personagem em busca do prazer, nas suas mais variadas formas: festas, mulheres, porém, responsável e dedicado à família. Mas com o passar dos anos, quando chegava perto dos 30, percebeu que estava se preocupando mais com as finanças da família que com a vida de agitação propriamente dita. Então, Lord Bridgerton chegou à conclusão que queria se casar e durante as pretendentes a sua volta “escolheu” Edwina Sheffielf, uma jovem lindíssima e que arrancava os suspiros de todos à sua volta. O único problema era Kate, irmã adotiva e mais velha, que não aprovou o casamento, por saber que Anthony era um libertino e que faria sua irmã sofrer. Kate, enteada de Mary, não era bonita, e se preocupa, sobretudo, com a felicidade de Edwina. Julia Quinn, de forma formidável, cria as brigas protagonizadas por Anthony e Kate que acabam sendo pontos fortes da narrativa, pois ambos são singularmente inteligentes o que designa cenas cômicas a obra.
Uma observação interessante é que as personagens femininas do livro aguardam ansiosamente a diária coluna de “fofoca”, assinada por Lady Whistledown. No início de cada capítulo há um comentário irônico a respeito do fato ocorrido no capítulo anterior, logo há um mistério quanto a identidade da colunista que tudo sabe sobre os acontecimentos em torno dos personagens.
Edwina e Anthony se casam? Querido leitor, não posso dar spoilers e estragar a sua leitura, não é? Portanto, para que sua resposta seja respondida leia O Visconde Que Me Amava. Garanto que ele te prenderá e fará você não querer largá-lo por nada.